O artista espanhol Manoel Costa pintou um mural na Casa de Cura, um tríptico com um imponente São Francisco de Assis, símbolo da união entre os reinos da natureza.
O santo que imitou a vida de Cristo se dedicando aos mais pobres dos pobres, amando todas as criaturas e chamando-as de irmãos, tem uma veste de tecido marrom tosco e uma auréola amarela em torno da cabeça; pousa a mão esquerda sobre o coração e eleva o braço direito concedendo bênçãos a quem entra no canil.
Bem mais alto que as montanhas íngremes e a distante cidade grande às suas costas, está circundado de pássaros e um cão alegre lhe faz festa. A seus pés, dezenas de espécimes aéreas, aquáticas e terrestres se encaminham e entram em fila na arca de Noé à sua direita: lobo, pavão, tartaruga, tamanduá, leão, corça, veado, javali, tatu, onça, ovelha, borboleta, camelo, elefante, girafa, zebra, entre outros. Em um dos trípticos, o Sol nasce no horizonte de um oceano azul onde saltam baleias e golfinhos.